Quando somar olhares é o melhor caminho: integração segura entre consultoria de amamentação e especialidades parceiras — com encaminhamento responsável, comunicação e alinhamentos constantes com foco no bem-estar da família e nos seus objetivos com a amamentação.
Pense na amamentação como um grande quebra-cabeças – com peças da mãe, do bebê e do entorno deles, nas dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais. Quando uma peças não esta bem ajustada, possivelmente teremos desafios com a amamentação. Nesses casos, trabalhar em conjunto com profissionais de outras áreas para avaliar, diagnosticar e tratar disfunções, torna o cuidado com a amamentação mais completo, responsável, seguro e resolutivo.
Exemplos: Suspeita de alergia alimentar (Gastropediatria), sinais sugestivos de torcicolo congênito (osteopatia), dificuldades de coordenação da sucção-deglutição e respiração (fonoaudiologia), impacto emocional intenso na mãe (psicologia perinatal), desorganização do sono que afeta mamadas (consultoria do sono).
Dor persistente mesmo após manejo completo da amamentação + suspeita de freio lingual alterado
Bebê com dificuldades nas funções orais, engasgos frequentes ou descoordenação oral
Preferências posturais relatadas pelos pais, suspeita de torcicolo, assimetrias cranianas que estejam causando impactos na dinâmica da mamada
Sinais sugestivos da Doença do Refluxo Gastroesofágico, baixo ganho ponderal mesmo com produção, transferência de leite adequadas
Sobrecarga emocional intensa, ansiedade ou estado deprimido exacerbada com ou sem histórico de sofrimento psíquico prévio, nitidamente impactando na saúde mental materna
Padrão de sono não restaurador que impactam diretamente frequência ou efetividade das mamadas
O pediatra é o capitão do time de saúde do seu filho. O papel dele vai muito além de tratar doenças: ele monitora o crescimento, o desenvolvimento neurológico e garante que o bebê esteja clinicamente saudável para se alimentar bem. Atuação: Quando algo não esta fluindo bem como por exemplo com o crescimento do bebê, ele trabalha em estreita colaboração com a Consultora de Amamentação para que juntamente com a família construam um Plano de Intervenção que garanta a nutrição adequada do bebê, considerando sempre que possível, o desejo, as necessidades e possibilidades da família.
Indicações comuns: suspeita ou diagnóstico de freio lingual restritivo, dificuldade de vedamento labial, dor persistente na mãe mesmo com pega ajustada, estalos durante a mamada.
Atuação: avalia estruturas orais (freios, palato, musculatura), sugere avaliação com fonoaudióloga quando há suspeita de restrição funcional e realiza procedimentos (frenotomia) quando clinicamente justificado.
Quando a amamentação é desafiada por sintomas digestivos persistentes, como refluxo severo (DRGE), sangue nas fezes, baixo ganho de peso ou suspeita de alergias alimentares (como APLV), o gastropediatra investiga a causa clínica e trata a inflamação. O objetivo é conduzir o manejo dietético (como a dieta de exclusão materna) e medicamentoso, assegurando que o leite materno continue sendo a principal fonte de nutrição e saúde imunológica, evitando desmames precoces por diagnósticos imprecisos.
Indicações comuns: bebês com tensões corporais exacerbadas e permanentes, diagnóstico ou suspeita de torcicolo (congênito ou posicional), preferência por uma mama, dificuldade de encaixe na pega, assimetrias posturais, desconforto em posições.
Atuação: avalia e trata tensões musculares e articulares que podem dificultar a amamentação, restaurando a mobilidade e o conforto do bebê para a melhora da sucção, deglutição, respiração e digestão.
Indicações comuns: bebê com sucção fraca ou descoordenada, dificuldade para sugar e deglutir, engasgos frequentes, refluxo persistente,
alterações de tônus ou movimento oral.
Atuação: avalia função motora oral, coordenação sucção-deglutição-respiração e propõe exercícios ou ajustes quando há comprometimento funcional e encaminha para frenotomia quando necessário.
Quando o sono do bebê impacta diretamente a dinâmica das mamadas (despertares muito frequentes sem sonos restauradores, irritabilidade por excesso de tempo acordado), a consultora do sono infantil oferece estratégias respeitosas e com bases no Apego Seguro para reorganizar rotinas, sempre considerando necessidades nutricionais e desenvolvimento — em integração com a consultoria de amamentação.
Quando vivenciar a amamentação traz sobrecarga emocional, ansiedade intensa, depressão, culpa, medo ou impacto na saúde mental materna, a psicóloga perinatal acolhe sentimentos, auxilia no processamento de expectativas e fortalece a autonomia emocional da mãe — sempre articulada com a consultora de lactação, equipe médica da paciente e em alguns casos, em conjunto com a Psiquiatra.
Diferente da psicologia (que foca no "vivenciar" e "sentir"), a psiquiatria entra quando há alteração funcional da mulher (sono, apetite, funcionalidade), buscando tratamentos compatíveis com a amamentação, em prol de proteger a saúde materna sem interromper a amamentação desnecessariamente — atuando em conjunto com a psicóloga e a consultora para preservar o vínculo mãe-bebê.
O apoio à amamentação começa no pré-natal, com o exame clínico das mamas e o incentivo ao nascimento o mais fisiológico possível dentro das possibilidades de cada dupla e respeitando suas escolhas. Atuação: No nascimento, o obstetra é o guardião da "Hora Dourada", garantindo o contato pele a pele imediato que estimula os hormônios da lactação. No pós-parto, seu papel é assegurar uma recuperação física sem dor e prescrever medicações compatíveis com o aleitamento, permitindo que a mãe esteja disposta e confortável para iniciar essa jornada.
Quando surgem complicações que ultrapassam o manejo clínico da lactação — como mastites que evoluem para abscessos, nódulos palpáveis ou dores persistentes de origem não funcional —, o mastologista é acionado para diagnóstico e tratamentos adequados em tempo oportuno, buscando sempre que possível proteger a amamentação se esse for o desejo materno.
Identificamos se há sinais clínicos que justificam encaminhamento
Explicamos o motivo da sugestão de encaminhamento e o que esperar da outra especialidade e você autoriza a comunicação com a sua rede de cuidados primários (médico obstetra e pediatra).
Trocamos informações relevantes (com sua autorização) para alinhar condutas
Acompanhamos juntos a evolução e ajustamos o plano quando necessário
Este é um trabalho em Euipe da qual participamos Rede colaborativa de profissionais especializados em saúde materno-infantil (obstetrícia, pediatria, odontopediatria, fonoaudiologia, osteopatia, psicologia, consultoria do sono) que atuam de forma integrada em Passo Fundo e região.
O objetivo é garantir continuidade e coerência no cuidado — com comunicação clara entre especialidades, protocolos alinhados e respeito à autonomia da família.
Nem todas as situações exigem encaminhamento. Muitos desafios se resolvem com o Manejo da Amamentação (ajustes de pega, posicionamento e rotina) — dentro da consultoria de amamentação.
Sugerimos a avaliação com os demais profissionais quando há indicação clínica clara de necessidade e sempre comunicando a sua rede de cuidados primários (Médico, Obstetra ou Pediatra).
Conte, em poucas linhas, o que está acontecendo e há quanto tempo. Indicamos o formato de atendimento mais adequado e os próximos passos com serenidade.
Orientações personalizadas, éticas e responsáveis, sem garantia de desfechos específicos.
